Alunos da FMT avaliam impactos ambientais sobre a saúde humana em Ilhéus

Ação no Itariri
Ascom

Alunos do sétimo e oitavo semestres do curso de Enfermagem da Faculdade Madre Thaís (FMT) realizaram neste final de semana, (dias 29 e 30 de maio), visitas técnicas ao Lixão do Itariri, (zona rural de Ilhéus) e no canal de esgoto do bairro de Malhado como fruto da disciplina saúde ambiental sob a supervisão da professora/Dra. Karla Gresik.

No Lixão os alunos puderam acompanhar a vida sofrida dos trabalhadores que sustentam as suas famílias com a seleção do lixo. Trabalham sob o sol escaldante (ou a chuva) em meio a urubus, mosquitos, muita poeira e um forte odor fétido, os alunos avaliaram as condições ambientais e humanas, fazendo assim um diagnóstico de impactos ambientais e as consequências na saúde humana.

Os trabalhadores foram avaliados in loco, com aferição de pressão e exame de glicemia. Muitos estavam trabalhando toda a noite e sequer tinham tomado café. O acesso à água potável é praticamente impossível, a não ser quando levam. Os trabalhadores não dispõem de qualquer tipo de proteção, como luvas, botas, chapéu e camisas com proteção solar e o transporte de caminhões e retro escavadeira do local é frequente, aumentando os riscos de acidentes de trabalho.

Na sede da escola local, com muitos barracos improvisados para os moradores e suas famílias que sobrevivem do lixo, ao redor, foram oferecidas às crianças lanches, doados pela Faculdade Madre Thais, a partir do seu compromisso de responsabilidade social.

Já no dia 30, outro grupo de alunos visitou o canal de esgoto do bairro de Malhado, onde acompanhou todo o trajeto do esgoto vindo das residências do bairro e adjacências até o lançamento a céu aberto no mar, poluindo toda extensão da Praia da Jangada. Os alunos conversaram com alguns moradores que se queixaram do odor fétido que exala continuamente do esgoto, além da presença de mosquitos e roedores e até animais peçonhentos.

Segundo a professora Dra. Karla Gresik "esses problemas ambientais afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas que habitam e dependem desses lugares. É preciso um olhar de sensibilidade por parte do poder público de modo a resolver esses problemas ambientais que afetam essas populações vulneráveis e ao meio ambiente".

Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Madre Thaís, professora/MSc. Andrea Dickie, essas vivências acadêmicas aproximam os alunos do objeto de estudo, tornando- os mais sensíveis e aptos a atuarem na promoção a saúde dessas populações.